O Tocantins atingiu a marca de 416 transplantes de córnea, desde a criação do Banco de Olhos do Tocantins (Boto), em 2016, sendo 70 realizados em 2024. Localizado no Hospital Geral de Palmas (HGP), o Boto é responsável pela captação e preservação de tecidos oculares, que são fornecidos à Central de Transplantes do Tocantins (Cetto) para atender à demanda do estado e de outras regiões do país.
Como funciona o processo de doação e transplante
De acordo com Ana Beatriz Dias, coordenadora do Boto, pessoas entre 2 e 80 anos podem ser doadoras, mediante consentimento da família. Após a captação, as córneas são preservadas em um líquido próprio e analisadas. Se os exames sorológicos forem negativos, o tecido pode ser utilizado em até 14 dias.
“O transplante de córnea é indicado para casos de alteração na transparência ou formato da córnea e também para infecções graves. Cada doação representa uma oportunidade de mudança de vida para quem precisa”, explicou Ana Beatriz.
Transformando vidas
O transplante de córnea já trouxe esperança para pessoas como Paulo Célio Silva, de 35 anos, que fez o procedimento em um olho e aguarda pelo outro. “Minha vida mudou completamente. Hoje sou mais ativo, graças à doação. É um ato de amor que traz esperança”, afirmou.
Atualmente, 257 pessoas estão na lista de espera no Tocantins. Para entrar na fila, o paciente precisa de indicação médica de um oftalmologista e ser cadastrado no Sistema Nacional de Transplantes.
A importância do “sim” para a doação
Suziane Aguiar Crateús Vilela, coordenadora da Cetto, destaca a necessidade de conscientizar as famílias sobre a doação de órgãos. “A doação é um ato nobre de amor e empatia. Diversas pessoas aguardam por um transplante, e o ‘sim’ da família pode salvar vidas”, disse.
O Governo do Tocantins segue incentivando ações para ampliar o número de doações, garantindo esperança para aqueles que aguardam por uma nova chance de enxergar e viver melhor.