Somente de janeiro a abril deste ano, o reajuste acumulado foi bem acima da inflação calculada em 4,49%.
O preço médio do litro do óleo diesel continua em alta no Pará.
O estado encerrou o mês de abril como o segundo estado da Região Norte com o preço mais caro, oscilando entre R$5,860 e R$8. Foi o estado com o quarto preço mais elevado de todo o país.
Somente de janeiro a abril deste ano, o reajuste acumulado subiu quase 22%, bem acima da inflação calculada em 4,49% no mesmo período no Pará.
Os dados são apontados por estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nas informações oficiais da Agência Nacional de Petróleo (ANP) sobre o balanço da trajetória de alta no preço do produto comercializado em postos de combustíveis.
Entre os dias 22 a 28 de maio, o preço do diesel voltou a ficar mais caro. Em Belém, o preço médio foi de R$7,392.
A cidade com preço mais caro foi Alenquer: R$7,924; seguida de Parauapebas, com R$7,780; Conceição do Araguaia, com preço médio de R$7,841; Cametá com R$7,653 e Marabá com R$7,485 – confira a tabela.
Ranking dos municípios paraenses com preços médios do litro do diesel
Cidade | Preço médio (R$) | Menor preço (R$) | Maior preço (R$) |
Alenquer | 7,924 | 7,770 | 8,000 |
Parauapebas | 7,870 | 7,850 | 7,890 |
Conceição do Araguaia | 7,841 | 7,760 | 7,880 |
Cametá | 7,653 | 7,560 | 7,700 |
Marabá | 7,485 | 7,270 | 7,810 |
Paragominas | 7,420 | 6,990 | 7,590 |
Santarém | 7,404 | 7,110 | 7,750 |
Belém | 7,392 | 6,750 | 7,990 |
O estudo também mostra a trajetória da alta no preço – veja no gráfico abaixo.
Em dezembro de 2021, o litro do óleo diesel foi comercializado em média a R$5,730. Em janeiro, a R$5,836; em março, a R$6,677 e em abril, com nova alta, a R$6,989.
Tendência de alta
Segundo o Dieese, no Pará, os aumentos sequenciais nos preços dos combustíveis tem “efeito dominó” na economia, impactando de forma generalizada a formação de preço de bens, produtos e serviços, contribuindo diretamente com o crescimento da inflação e perda de poder aquisitivo.
“Infelizmente a tendência ainda é de mais altas no preço do produto em função principalmente da política de paridade, alta do dólar e também dos impactos econômicos da guerra na Ucrânia”, afirma o estudo.