A biofarmacêutica brasileira Biomm solicitou o registro definitivo da primeira vacina inalável contra Covid-19 à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta segunda (5/12). O imunizante, conhecido como Convidecia Air, foi desenvolvido pela CanSinoBIO e, depois de receber a permissão para comercialização na China, se tornou o primeiro imunizante do tipo aprovado no mundo.
A vacina oferece uma opção não invasiva, utilizando um nebulizador para transformar o líquido em aerossol e permitir a inalação pela boca. De acordo com estudos publicados na revista científica The Lancet, a Convidecia Air pode induzir forte imunidade humoral, celular e na mucosa para obter proteção tripla contra a Covid-19.
Além disso, ela pode conter efetivamente a infecção e disseminação do vírus após apenas uma dose, bem como gerar resposta imune maior do a induzida pelas doses de reforço convencionais.
Em maio deste ano, a Biomm solicitou o registro definitivo da versão injetável da vacina para a Anvisa, a fim de contribuir com a imunização dos brasileiros de forma contínua e definitiva. A submissão do imunizante segue em avaliação na agência reguladora. Como fazem parte do mesmo dossiê, a aprovação do imunizante inalável depende da aprovação da versão injetável.
“A nova submissão, desta vez da Convidecia Air, busca ampliar o acesso à vacinação por meio de mais uma opção de imunizante contra a Covid-19. É importante ressaltar ainda que, além dos benefícios para a população, a vacina inalável apresenta economia para o sistema de saúde por utilizar apenas um quinto da dose intramuscular”, comenta Heraldo Marchezini, CEO da Biomm.
Após a aprovação do órgão regulador, a companhia prevê importar, inicialmente, as vacinas e, posteriormente, começar a produzir os imunizantes em Nova Lima (MG).