Durante o pronunciamento para a imprensa nesta terça-feira (22) o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, no qual apresentou uma auditoria sobre as urnas eletrônicas encomendada pelo partido. Valdemar afirmou também que enviou o material para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A auditoria encomendada pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, apontou dois supostos pontos de atenção em relação às urnas.
Um dos pontos é que em 200 urnas, depois de inicializadas, aparecem os CPFs de quem já votou. Segundo a auditoria, isso fere privacidade do voto, embora no momento da reinicialização da urna não apareça em quem determinado eleitor votou.
Mas a reclamação central é que as urnas anteriores ao modelo de 2020 geram o mesmo número de identificação o que, segundo o PL, impediria que fosse feita uma auditagem. De acordo com a auditoria, essa situação ocorreu com 60% das urnas.
Mas esse número apontado pela auditoria do PL não é a única forma de identificar a urna. Cada urna eletrônica, mesmo dos modelos mais antigos, possui um certificado digital único. Esse certificado não se repete e é usado para assinar digitalmente os arquivos que vão ser rodados em cada urna, o que permite a verificação individual dos equipamentos e do sistema que é rodado por cada um.
Além disso, todos os modelos de urnas utilizados nas eleições deste ano passaram por mais de dez etapas de testes, de verificação e inspeções. Essas análises foram realizadas interna e externamente, envolvendo especialistas das mais diversas áreas e entidades.
Ao apresentar a auditoria, Valdemar disse que o material não reflete a opinião do PL. Mesmo assim, o partido pede a anulação dos votos dessas urnas só no segundo turno, sem afetar a votação do primeiro turno, no qual o partido elegeu a maior bancada da Câmara.