A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira (23) mandados de busca e apreensão contra empresários bolsonaristas que, em um grupo de WhatsApp, defenderam um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença Jair Bolsonaro (PL) no pleito de outubro de 2022. As mensagens foram reveladas pelo colunista Guilherme Amado, do site Metrópoles.
A operação foi autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes. As buscas estão sendo feitas em endereços de oito empresários em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará. Entre os alvos estão:
- Luciano Hang, da Havan
- José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan
- Ivan Wrobel, da Construtora W3
- José Koury, do Barra World Shopping
- André Tissot, do Grupo Serra Meyer Nigri, da Tecnisa
- Marco Aurélio Raimundo, da Mormai
- Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.
Empresários golpistas
A coluna do portal Metrópoles revelou, na última quarta-feira (17), que empresários bolsonaristas passaram a defender abertamente um golpe de Estado caso Lula seja eleito em outubro, derrotando o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
“A defesa explícita de um golpe, feita por alguns integrantes no grupo de WhatsApp Empresários & Política, criado no ano passado, se soma a uma postura comum a quase todos: ataques sistemáticos ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a quaisquer pessoas ou instituições que se oponham ao ímpeto autoritário de Jair Bolsonaro”, informou o colunista Guilherme Amado, que tem acompanhado há meses as mensagens.
Ação da oposição
No dia em que foram reveladas as mensagens de teor golpista, o senador Randolfe Rodrigues (REDE) acionou o Supremo Tribunal Federal contra os empresários que defenderam o golpe de Estado. Randolfe pediu ao STF que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal sejam acionados para avaliarem a quebra de sigilo, congelamento de contas e prisão preventiva, se necessário.
A petição do senador foi apresentada no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos que tem como relator o ministro Alexandre de Moraes, que é chamado de “skihead do PCC” no grupo de empresários bolsonaristas.
Empresas e empresários envolvidos:
– Luciano Hang, Havan;
– Afrânio Barreira, Coco Bambu;
– José Isaac Peres, Multiplan (shoppings);
– José Koury, Barra World Shopping (RJ);
– Ivan Wrobel, Construtora W3 Engenharia;
– Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, Mormaii (surfwear);
– Tecnisa (construtora).
– Grupo Sierra (Rio Gde do Sul, móveis de luxo)