Na última quinta-feira, 01 de Janeiro, a Secretaria de Estado dos Povos Originários e Tradicionais do Tocantins(SEPOT) promoveu a terceira edição de um encontro interinstitucional para fortalecer políticas de enfrentamento à violência contra mulheres indígenas nos territórios do estado. A reunião, que contou com a participação de diversos órgãos, consolidou um grupo de trabalho dedicado a desenvolver estratégias eficazes para combater essa problemática
Além da Sepot, compõem o grupo a Secretaria da Mulher, Polícia Militar, Polícia Penal, Secretaria de Segurança Pública, Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Companhia Nacional de Abastecimento, Defensoria Pública Estadual, Conselho Distrital de Saúde Índigena, Fundação Nacional dos Povos Indígenas, Distrito Sanitário Especial Indígena, Secretaria de Estado da Educação, Secretaria Municipal da Assistência Social, Tribunal de Justiça do Tocantins, entre outros.
Durante a reunião, cada órgão apresentou suas contribuições e discutiu maneiras de atuar na defesa das mulheres indígenas. O foco principal do grupo será a criação de um fluxo de atendimento com canais de denúncia específicos para atender mulheres em situação de violência doméstica dentro das aldeias. Para alcançar esse objetivo, está prevista a realização de uma oficina para a construção do fluxo de atendimento, envolvendo toda a rede já existen.
Outra iniciativa importante é a elaboração de uma cartilha, traduzida para as diversas línguas dos povos indígenas tocantinenses, orientando as mulheres sobre como obter ajuda em casos de violência em suas casas.
A secretária de Povos Originários e Tradicionais, Narubia Werreria, destacou a urgência de abordar a violência contra a mulher indígena e enfatizou a importância de ações concretas. A secretária executiva da Sepot, Cristiane Freitas, ressaltou a necessidade de enfrentar o feminicídio e reconheceu as dificuldades culturais nas aldeias, destacando o papel do estado e das instituições em promover uma mudança de mentalidade.
O procurador da República, Álvaro Manzano, e a promotora de Justiça do Ministério Público do Estado, Isabelle Figueiredo, também ressaltaram a importância da articulação entre diversos órgãos para combater a violência contra a mulher indígena, destacando a interligação da violência a áreas como educação, saúde e alimentaçã.
Espera-se que as medidas discutidas durante o encontro resultem em ações efetivas e na proteção adequada das mulheres indígenas na região, promovendo uma mudança significativa na abordagem e prevenção da violência de gênero nessas comunidades.