A PF encontrou diversos pedidos do ex-secretário de Segurança do Estado, Cristiano Barbosa Sampaio, ao então diretor de Inteligência e Estratégia da pasta, Ênio Walcacer de Oliveira Filho, para consultar números de telefone ligados a Mauro Carlesse e a outros membros do governo.
Através do material obtido nas operações Erís e Hygea, a Polícia Federal amplia suas suspeitas de que o ex-governador Mauro Carlesse (PL), teria aparelhado a estrutura de Segurança Pública do Estado para ele próprio e seus de investigações.
Abertas simultaneamente em novembro do ano passado, as operações foram as primeiras etapas ostensivas da investigação que atinge o ex-governador e deram novo impulso ao trabalho da PF. Carlesse renunciou ao cargo na semana passada, em meio aos inquéritos que o colocaram no centro de um escândalo de corrupção, na tentativa de escapar de um processo de impeachment.
O Estadão (leia matéria aqui) teve acesso ao relatório parcial do caso, enviado em dezembro do ano passado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em que a Polícia Federal expõe o conteúdo obtido nos documentos e celulares confiscados para reafirmar que o sistema de interceptação telefônica e o aparato de inteligência da Secretaria de Segurança Pública foi usado de ‘maneira aparentemente criminosa, com a finalidade de blindar os membros da organização criminosa e dos integrantes do seu grupo político’.
O material apreendido ainda aponta uma linha de investigação de um possível uso do Departamento de Transito do Estado (Detran-TO) com a intenção de conduzir investigações paralelas e ilegais sobre adversários políticos. A PF suspeita da estruturação de um núcleo de inteligência dentro do órgão para montar dossiê sobre adversários políticos. Comandado pelo sobrinho do agora ex-governador, Claudinei Quaresemin, apontam as mensagens acessadas pela Polícia Federal.
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