A entrevista do candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Jornal Nacional, na noite dessa quinta-feira (25), teve melhor desempenho nas redes sociais do que as entrevistas de Jair Bolsonaro (PL) e Ciro Gomes (PDT). Monitoramento do Instituto Quaest de pesquisas revela que 15 milhões de pessoas foram alcançadas pelas postagens sobre a entrevista de Lula durante sua exibição, o que representou a melhor média de alcance de postagens.
Entrevistado na segunda-feira (22), Bolsonaro teve alcance de 9 milhões de pessoas e Ciro, entrevistado na terça-feira (23), teve 2 milhões de pessoas.
Os dados são do professor de ciência política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e diretor do Instituto Quaest, Felipe Nunes.
O analista de dados de redes sociais com foco em política Pedro Barciela também aponta o maior desempenho de Lula nas redes sociais durante a entrevista. Segundo ele, Lula teve no Twitter 66% dos usuários ligados direta ou indiretamente ao cluster petista, dos quais 25% estavam “para além da polarização” e se somam ao cluster petista, agora com novos influenciadores.
Já o bolsonarismo contou com menos de 20%. “Lula falou para fora e foi muito bem recebido”, afirmou Barciela.
Menções positivas
Segundo o monitoramento do Instituto Quaest, os momentos da entrevista em que Lula teve mais menções positivas foram quando defendeu as medidas anticorrupção no seu governo e a apuração dos erros de qualquer um; quando defendeu a aliança com o candidato a vice em sua chapa, Geraldo Alckmin; e quando defendeu que política não é lugar de ódio.
Já os três momentos em que Lula se saiu pior foram quando não respondeu sobre a lista tríplice para a indicação de nomes ao Ministério Público; quando atacou Bolsonaro, chamando-o de ‘bobo da corte’; e quando disse que a solução para o orçamento secreto é conversar com os deputados.
Segundo o instituto Quaest, na média, Lula obteve 48% de menções positivas, contra 52% de menções negativas, considerando todo o período da entrevista. Foi pior que Ciro (54%) e melhor que Bolsonaro (35%).
As palavras mais citadas pelas pessoas que comentaram a entrevista: ‘bobo da corte’, ‘orçamento secreto’ e ‘combate ‘à corrupção’.