O posicionamento político pode ter sido o motivo da dispensa da professora de história Heid Carla Pereira no último dia 3 de outubro, um dia depois do primeiro turno das Eleições Gerais. Ela atuava na rede municipal de ensino de Colinas do Tocantins, na região centro-norte do estado e acredita que sofreu perseguição eleitoral. Denúncias desse tipo e também de empresários que estariam tentando coagir o voto dos funcionários são investigadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
Heid Karla contou que foi demitida após postar uma foto em suas redes sociais indicando que votaria em um candidato à presidência. Sua opinião seria diferente do político que a gestão declarou apoio.
“Receber uma mensagem no domingo da eleição dizendo que eu deveria comparecer ao RH, e chegar no RH e escutar com todas as letras que eu fui demitida por um grupo de pessoas que tinha pedido minha demissão por conta de uma foto mostra que eu não tenho mais o direito de me expressar politicamente e democraticamente” reclamou.
Depois da demissão, a professora procurou a Justiça para denunciar o suposto crime de coação eleitoral.
A Prefeitura de Colinas disse que ela pediu o fim do contrato no dia 3 de outubro. Também explicou que está convocando aprovados no último concurso público da cidade e que a substituição de contratados não deve ser tratada como perseguição política.