Nesta terça-feira, 14, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de Palmas trouxe à tona a discussão sobre o Projeto de Lei do então vereador Filipe Martins, hoje Deputado Federal, que dispõe sobre a proibição do uso de Linguagem Neutra nas Escolas do Município de Palmas.
Após ser informado da decisão da CCJ, o vereador Rubens Uchôa, que é evangélico, se manifestou contrário à aprovação pela constitucionalidade da linguagem neutra em escolas públicas da capital. “Não podemos aceitar ideologias radicais, que veem no aluno uma oportunidade de exercer doutrinação, pois a escola tem o papel de ensinar conteúdo útil e sério”, disse o parlamentar.
O posicionamento do parlamentar se manteve durante a sessão ordinária desta quinta-feira,16, onde discursou na tribuna e declarou mais uma vez que votará pela derrubada do veto.
Ainda durante seu discurso no Parlamento Municipal, sendo aplaudido pela população presente no auditório, o Vereador pontuou que permanece em concordância com a Ordem dos Ministros do Evangelho de Palmas TO (OMEP), mesmo entendendo que o projeto de Lei não é de competência Municipal, e sim federal. Mas, entendendo que é necessário esse posicionamento para que a capital possa estar imune futuramente as implementações dessas ideologias.
“É uma instituição respeitosa e de pessoas sérias, estamos juntos nessa batalha, continuarei firme aqui e lutando pela família”, pontuou Rubéns.
A coisa é séria, jamais podemos concordar com isso!
Posicionamento da OMEP
A OMEP (Ordem dos Ministros do Evangelho de Palmas TO) que é formada por líderes evangélicos da capital, veio a público condenar veementemente o posicionamento de alguns parlamentares pelo apoio a constitucionalidade da linguagem neutra em nossas escolas públicas e pelo uso de linguagem neutra ou linguagem não-binária também nas publicações, propagandas publicitárias e mídias da Prefeitura de Palmas-TO.
O presidente da OMEP, Pastor Sebastião Tertuliano, afirma que o pronome neutro visa criar uma terceira opção para os pronomes de tratamento sob o pretexto de criar igualdade, quando na verdade modifica ilicitamente a língua portuguesa.
“Nós, evangélicos, entendemos que aos estudantes deve ser assegurado o ensino com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), com o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) e com a grafia fixada no Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa”, diz o presidente.