Ao todo são seis candidatos a deputado estadual ou distrital, cinco a federal, dois a senador e dois a governador (Amazonas e Tocantins). Número que poderá crescer após a realização das convenções partidárias.
Em seminário realizado pela fundação do PSOL entre os dias 23 e 24 de julho foi aprovado documento que pede ao partido que pressione o Tribunal Superior Eleitoral para incluir mais candidaturas indígenas nas cotas partidárias e de financiamento junto com pessoas negras.
No evento, o PSOL, a Fundação Lauro Campos e Marielle Franco promoveram o 1º Seminário de Pré-Candidaturas Indígenas do PSOL, reunindo militantes indígenas do partido em todo o território nacional para articular e preparar pré-candidaturas para o período de eleições.
Segundo o portal oficial do partido, o evento contou com debates sobre a participação dos povos indígenas na política, a importância do partido como espaço para a construção das lutas desses povos bem como a sua representação institucional, o cenário da luta indígena na América Latina, estratégias para combater a crise climática e o fim do mundo e um fim de semana de troca de saberes visando preparar as pré-candidaturas para as eleições de 2022.
Histórico de representação indígena
Essa não é a primeira vez que o PSOL trás representantes indígenas em seus espaços de liderança.
Em 2018, Sônia Guajajara foi candidata a vice-presidente da República na chapa de Guilherme Boulos, ambos pelo PSOL.
Esse ano, Sônia pretende representar os povos indígenas na câmara dos deputados pelo mesmo partido. Mas seu apoio vai para o candidato do PT.
Inclusive, o ex-presidente Lula recebeu de Guajajara um documento com propostas para embasar seu programa de governo, onde constam iniciativas para a demarcação de terras indígenas, bem como a retirada de madeireiros e garimpeiros de áreas protegidas.
Nas redes sociais, Sônia afirma que acredita em um ministério Indígena em um governo de Lula e também na possibilidade de reformular a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), com um primeiro representante indígena em sua presidência.
Na última eleição, a Justiça Eleitoral registrou crescimento de 56% de candidatos declarados indígenas, mas sua representação no Parlamento ainda ocorre de forma tímida.