Neste domingo, 24, o Capitão do “Povo”, como foi ovacionado entre os seus apoiadores, subiu no palco do Maracanãzinho, estádio do Rio de Janeiro, para a estréia da sua campanha de reeleição.
Veja alguns destaques
- No palco do estádio, Bolsonaro aparece se escorando no carisma da primeira-dama Michelle Bolsonaro, que se filiou ao PL em março para participar de suas programações eleitorais, – uma tentativa pouco criativa do presidente para se aproximar do seu eleitorado feminino que o rejeita em 61%, segundo o Datafolha;
- Em discurso, primeira-dama se baseia em palavras de cunho religioso e trechos bíblicos;
- Hamilton Mourão é descartado como vice-presidente -como acontece com todos que ousam discordar do Bolsonaro- e entra na campanha o novo candidato a vice-presidente Walter Braga Netto -que como era de se esperar é mais um militar infiltrado na política brasileira-;
- Em discurso, Bolsonaro critica mais uma vez o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas alegando a possibilidade de fraudes – na provável intenção de causar uma nova “invasão ao Capitólio” como aconteceu em 6 de janeiro de 2021-;
- “Bolsonaro pelo bem do Brasil” é o bordão destaque da campanha e de seus apoiadores, que baseiam seus argumentos na luta ferrenha do “bem contra o mal”-ou deveríamos dizer “bem contra o PT?”;
- Novamente usando o ataque contra Luiz Inácio “Lula” da Silva assim como quem joga uma carta de baralho, Bolsonaro diz que o candidato planeja promover educação sexual nas escolas para que crianças façam sexo;
- Para se aproximar dos jovens, a convenção contou com uma cabine para vídeos do TikTok;
E assim termina a infame manhã do presidente no Maracanãzinho, ou melhor, do Capitão do “Povo”: regada a discursos vazios, apelo emocional e populismo.