Decisão que determinava que o Twitter e Youtube apagassem postagens do jornalista Glenn Greenwald contra o ex-juiz Sérgio Moro foi revogada.
Nas redes sociais o jornalista chamou o ex-juiz de corrupto.
Moro requer indenização de R $200.00 a Greenwald em danos morais e exige que posts sejam apagados, por alegar que os mesmos ferem a sua imagem e que por virem de uma pessoa pública, às acusações de corrupção ganham um agravante.
A defesa de Glenn afirma que a exclusão deveria ser solicitada ao Twitter e ao Google, responsável pelo Youtube, como consta no Marco Civil da Internet sobre a responsabilidade dos provedores.
Em um dos tweets de 28 de fevereiro de 2022, Greenwald disse:
“O corrupto juiz brasileiro que ordenou a prisão de Lula em 2018 para impedi-lo de concorrer à presidência, e que em seguida foi trabalhar para Bolsonaro ocupando o cargo de ministro da Justiça (como uma forma de deixar de acusar Bolsonaro de corrupção), está agora concorrendo à presidência da República, e acusa Bolsonaro e Lula de fazerem campanha de apoio a Putin”.
A defesa de Glenn coordenada pelos advogados Danilo Doneda e José Renato Gaziero Cella diz que é incabível a retirada dos posts de Gleen sem audiência prévia visto que seus posts estão dentro dos limites da liberdade de expressão na internet.
Diz ainda que Sérgio Moro quer eliminar críticas a Gleen limitando o alcance de sua opinião como jornalista e que o Código Penal não enquadra o termo “corrupto” como ilícito.