A ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos-DF) foi um dos principais assuntos nas redes sociais hoje (10). Tudo por causa de um vídeo em que a senadora eleita pelo DF relata casos de abuso sexual contra crianças, no Pará.
O vídeo foi gravado durante um culto em uma igreja Assembleia de Deus, em Goiânia, no sábado (8). Damares afirmou que tem imagens de crianças brasileiras que tiveram seus dentes arrancados para a prática de sexo oral. Apesar da grave declaração, a ex-ministra não apresentou provas, nem disse quais providências foram tomadas para investigar o crime.
“Nós descobrimos que essas crianças, elas comem comida pastosa para o intestino ficar livre para a hora do sexo anal. Bolsonaro disse: ‘Nós vamos atrás de todas elas e o inferno se levantou contra esse homem. A guerra contra Bolsonaro que a imprensa levantou, que o Supremo levantou, que o Congresso levantou, acreditem, não é uma guerra política. É uma guerra espiritual”, disse a ex-ministra do governo de Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.
Ao lado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, Damares é um dos principais ativos da campanha do presidente para alavancar votos em igrejas evangélicas neste segundo turno, sobretudo no Nordeste.
Esse trecho da fala da ministra no culto não foi publicado nas suas redes oficiais na internet. Um dos primeiros a postar o vídeo no Instagram foi o deputado federal eleito Mario Frias (PL-SP), ex-secretário da gestão Bolsonaro.
Pelas redes bolsonaristas, o vídeo foi amplamente compartilhado. No entanto, logo depois, políticos de oposição e outras personalidades passaram a cobrar Damares Alves sobre o caso.
A deputada federal Vivi Reis (PSOL-PA) afirmou, no Twitter, que a bancada de seu partido entrará com uma representação contra a ex-ministra para saber por que Damares não agiu diante dos crimes que ela mesma denunciou.