O dia Da Mulher Negra Latino-Americana, Caribenha e da Diáspora marca a luta do movimento negro por justiça social em todo o território.
A data, criada em 1992 pela ONU, após um evento de feministas negras contra a exploração, racismo e violência de gênero, é um lembrete da resistência ao colonialismo e ao racismo estrutural que coloca esses corpos em um espaço de não-lugar e de não-pertencimento.
No Brasil, a população negra e parda ocupa 54% do território nacional. Mesmo assim, é excluída dos espaços de poder, sofre descaso das instituições e sub-representatividade na mídia.
As mulheres negras, além de todos esses percalços, enfrentam diariamente a violência de gênero.
No dia 25 de julho, também é declarado o Dia Nacional da Tereza de Benguela pela Lei 12.987, de 2014, data para lembrar da história de mulheres negras brasileiras.
Que esse dia seja só um lembrete da necessidade de dar voz e espaço para essas mulheres.
O que só será possível com políticas públicas de qualidade, leis que as protejam de violências, acesso à educação (não-misógina e não-racista) e à saúde pública de qualidade, assim criando meios para empoderar essas mulheres.