Uma operação da Polícia Civil na cidade de Caseara do Tocantins resultou no afastamento temporário da prefeita Ildislene Santana (DEM), do vice-prefeito Francisco Neto (PTB), de secretários municipais e do presidente da Câmara, Cleber Pinto Cavalcante (DEM). As investigações, conduzidas pela 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC), focaram em suspeitas de fraude em licitações.
Segundo informações divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), a operação incluiu 19 mandados de busca e apreensão, 15 mandados de afastamento da função pública, 20 medidas cautelares e o recolhimento de fianças totalizando R$ 1,6 milhão. Armas e munições também foram encontradas durante as buscas, levando à condução de alguns dos investigados para a delegacia.
A investigação concentra-se em contratos de locação de veículos firmados em 2017 pelas secretarias de Saúde e Educação, suspeitando-se que a empresa contratada seja uma “empresa fantasma”, criada logo após a eleição da prefeita para seu primeiro mandato. Os contratos, que terminaram em 2021, apresentam indícios de fraude, uso de documentos falsos e superfaturamento, com a empresa supostamente sem frota adequada para atender às demandas.
A prefeitura, por meio de nota oficial, afirmou estar colaborando com as investigações, destacando que desde 2020 não há mais contratos em vigor com a empresa em questão. Tanto a prefeita quanto o presidente da Câmara divulgaram notas através de suas defesas, negando envolvimento em quaisquer atividades ilícitas e afirmando aguardar o acesso aos autos do inquérito para se defenderem.