O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou uma importante mudança no processo de cadastro de filiação partidária, visando reforçar a segurança e prevenir fraudes eleitorais. A partir de fevereiro, o procedimento de inserção de dados de novos filiados será realizado em duas etapas, exigindo a confirmação das informações por meio do aplicativo e-Título, já conhecido pelos eleitores.
A decisão foi tomada após a identificação de uma tentativa de fraude envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo informações, Lula foi falsamente desfiliado do Partido dos Trabalhadores (PT) e filiado ao Partido Liberal (PL), partido de oposição ao governo.
No sistema do TSE, Lula aparecia como “formalmente desligado” do PT desde 15 de julho de 2023, data em que a falsa filiação ao PL foi comunicada ao tribunal. A fraude foi revelada pelo jornal O Globo, e o TSE confirmou que a senha utilizada para a inserção da filiação falsa pertence a uma advogada do PL.
Após uma rápida intervenção do TSE, a alteração na ficha de filiação de Lula foi desfeita, restaurando seu status como filiado ao PT, partido ao qual está vinculado desde os anos 1980. A apuração interna do tribunal identificou claros indícios de falsidade ideológica no caso, descartando falhas no sistema eletrônico ou na programação.