Em meio a uma instabilidade política, a pequena cidade de Caseara, localizada na região oeste do estado e próxima à divisa com o Pará, enfrenta uma crise que resultou na troca de três prefeitos em menos de um mês. O tumulto político teve início quando a prefeita Ildislene Santana, do DEM, foi afastada pela Justiça, juntamente com todo o seu secretariado, após uma operação da Polícia Civil. A ação, realizada pela 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC), investiga uma suposta fraude em licitações relacionadas a contratos de locação de veículos nas secretarias de Saúde e Educação.
A investigação aponta para a existência de uma empresa fantasma, criada em 2016 após a vitória da prefeita nas eleições do primeiro mandato. Os contratos, que se estenderam até 2021, levantam suspeitas de fraude, uso de documentos falsos e superfaturamento. Além disso, a polícia constatou que a empresa em questão não possuía frota suficiente para atender à demanda, movimentando mais de R$ 23 milhões entre 2016 e 2020.
Com a saída da prefeita Ildislene Santana, o vice-prefeito, o presidente da Câmara e demais membros da gestão também foram afastados. O vereador Suair Mariano de Melo (PSD), então vice-presidente da Câmara, assumiu a prefeitura em 5 de dezembro de 2023, permanecendo por menos de 30 dias.
A reviravolta continuou com a eleição da nova mesa diretora da Câmara de Vereadores, que resultou na ascensão do vereador Marcos Carvalho Lima, conhecido como Marcos Chico (PTB), como presidente. Assumindo o cargo em 1º de janeiro de 2024, Marcos Chico foi conduzido automaticamente à prefeitura no lugar de Suair Mariano, com a possibilidade de permanecer no cargo até o término de seu mandato como presidente da Câmara.