O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou a senadora Simone Tebet (MDB-MS) como nova ministra do Planejamento.
Terceira colocada na eleição presidencial, Simone Tebet declarou apoio a Lula no segundo turno da disputa, um dos movimentos que ajudou o petista a derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL).
A senadora participou da equipe de transição na área de desenvolvimento social e tinha a expectativa de integrar o primeiro escalão do novo governo Lula.
Inicialmente, Tebet chegou a ser cogitada para o ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, uma área com a qual a senadora dizia ter “afinidade”. A pasta, no entanto, ficou com o senador eleito Wellington Dias (PT-PI).
Lula, então, teve o desafio de encontrar um espaço na Esplanada para a aliada. A solução encontrada, após conversas entre a senadora e a equipe de transição, foi o Ministério do Planejamento.
Devem ficar também sob a alçada do Planejamento o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea).
Perfil
Nascida em Três Lagoas (MS), Simone Tebet é filha de Ramez Tebet, ex-governador, ex-senador sul-mato-grossense e ex-ministro da Integração Nacional.
Mestre em Direito do Estado, Tebet é professora universitária e desde a década de 1990 é filiada ao MDB.
A nova ministra foi deputada estadual no Mato Grosso do Sul e se tornou em 2004 a primeira mulher a ser eleita prefeita de Três Lagoas. Quatro anos depois, foi reeleita para o cargo.
Em 2011, Tebet assumiu o cargo de vice-governadora do Mato Grosso do Sul, na chapa encabeçada por André Puccinelli. Durante parte do mandato, foi secretária estadual de Governo.
Em 2014, Tebet se elegeu senadora pelo Mato Grosso do Sul. Na Casa, teve destaque ao compor, em 2016, a comissão especial do Senado do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT).
Ela votou a favor do afastamento da presidente sob o argumento de que ela havia cometido crime de responsabilidade.