Com o objetivo de discutir novas estratégias e ações para diagnóstico, tratamento e acompanhamento contínuo dos pacientes, no Tocantins, foi realizada na quinta-feira, 15, uma reunião da Comissão Temática do Tratamento do Espectro Autista, composta por integrantes da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), município de Palmas, órgãos de controle e Judiciário.
Na ocasião, foram debatidos temas como formação de equipes municipais e estaduais, bem como a definição do fluxo de atendimento dos pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Estado, além de estabelecer políticas de atenção para estas pessoas.
“Levantamos a quantidade de pacientes autistas no Tocantins, dimensionamos a demanda e já estamos com uma lista de pacientes aguardando atendimento, que passarão por uma equipe multiprofissional para o fechamento de diagnóstico, para que haja o devido acompanhamento”, disse a gerente de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência, da SES-TO, Débora Cirqueira.
O secretário de Estado da Saúde, Afonso Piva, explicou que “estamos levantando a possibilidade de realizar um credenciamento de empresas que atuem neste serviço, para que de imediato sejam ofertados os acompanhamentos necessários. Aliado a isso, seguiremos fortalecendo e estruturando a rede do Sistema Único de Saúde, para que possa, em uma parceria com os municípios e secretarias afins, proporcionar um serviço digno, qualificado e célere à população tocantinense”, disse o gestor.
Para a promotora de Justiça, Araína D’Alessandro, “é preciso que os profissionais que estejam inseridos dentro do município sejam capacitados especificamente para identificação do espectro autista, proporcionando melhor qualidade no atendimento. Podemos utilizar a mão de obra já existe”, pontuou.
A capacitação técnica de profissionais das áreas de Educação, Saúde e Assistência Social para oferecer um tratamento público especializado aos autistas faz parte da Lei Estadual n° 3.692/2022, que trata sobre políticas públicas para o diagnóstico e atendimento multiprofissional de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Tocantins.
“Sabemos que a subnotificação destes pacientes é grande no Estado, por falta de informação da população, no que diz respeito à doença, além do acesso ao serviço especializado. O dimensionamento realizado pela SES é salutar, e precisa ser intensificado, com colaboração das outras pastas”, finalizou o juiz titular do Juizado Especial da Infância e Juventude, Adriano Gomes de Melo Oliveira.